domingo, 29 de junho de 2008

ACABOU CHORARE (Galvão - Moraes Moreira)



Acabou chorare, ficou tudo lindo
De manhã cedinho, tudo cá cá cá, na fé fé fé
No bu bu li li, no bu bu li lindo
No bu bu bolindo
No bu bu bolindo

Talvez pelo um buraquinho, invadiu-me a casa, me acordou na cama
Tomou o meu coração e sentou na minha mão

Abelha, carneirinho...

Acabou chorare, faz zunzum pra eu ver, faz zunzum pra mim

Abelho, abelhinho escondido faz bonito, faz zunzum e mel
Faz zum zum e mel
Faz zum zum e mel

Inda de lambuja tem o carneirinho, presente na boca
Acordando toda gente, tão suave mé, que suavemente
Inda de lambuja tem o carneirinho, presente na boca
Acordando toda gente, tão suave mé, que suavemente

Abelha, carneirinho...

Acabou chorare no meio do mundo
Respirei eu fundo, foi-se tudo pra escanteio
Vi o sapo na lagoa, entre nessa que é boa

Fiz zunzum e pronto
Fiz zum zum e pronto
Fiz zum zum

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Aquele carinho todo não era mentira. Não pode.

É a cretina filha da puta mais escrota que eu conheço. Não é possível que ele estivesse mentindo desde o começo. Por que estaria? Não faz o menor sentido. Por que alguém se daria o trabalho de dizer tudo aquilo se não fosse verdade?

Eu não sei nem o que sentir. Alguém pode me dizer o que sentir em uma situação dessas? Depois de um fim-de-semana tão rico em sensações, na maior parte das vezes, tão amargas de tragar (deus, nem o nome de quem escreve as coisas me vem à mente nessa hora). Você se sente preocupado, triste, decepcionado, tem raiva, se chateia, se crê enganado, se frustra. E eu, inseguro de que pudesse desistir (ou ter desistido) de tudo. Eu não queria que ela tivesse desistido. Pedia o tempo todo pra alguém que eu nem sei quem que não fosse isso. Se era isso, porque não dizer? É possível que eu fosse ficar muito mal, mas, teria engolido.

E depois disso tudo, nem a voz dela você pode ouvir. Ela não deixa.

O fim-de-semana nem faz mais tanta diferença, na verdade. Ela mudou de planos. Os planos novos não podiam me incluir. Tranqüilo. Por que não falar comigo? Não fazia sentido. Não combina com o que ela era antes. Com o que dizia antes.

Me mandava mensagem. Me fazia ir ao céu cada vez que me mandava ter cuidado. Eu acordava às seis da manhã pra dar bom dia, desejar bom trabalho. E eu gostava disso tudo. Das despedidas com beijo, beijo, beijo, beijo e tem que desligar, se não, não se pára mais de beijo. Os ótimos motivos para os atrasos.

E isso era tudo mentira?

Não pode. Não é possível. Ninguém precisa fingir tudo isso. Não há razão. Eu não consigo acreditar que o tempo que tivemos juntos foi de mentira. E eu não quero que tenha sido.
Quero conversar. Aparar o que tiver que aparar. Parar tudo, se for o caso. Só não quero ter que virar o rosto quando a vir. Nem que ela faça o mesmo comigo.

Espero. E vou continuar esperando. Esperando que o meu telefone toque.

sábado, 21 de junho de 2008

MÁXIMA





Tudo é uma questão de manter
A mente quieta
A espinha ereta
E o coração tranquilo.
(Walter Franco)
(Crédito da imagem: Mandala da Serenidade - retirada de http://www.soniascalabrin.com/produtos/00009/23072006093359.jpg)

segunda-feira, 16 de junho de 2008

HAIKAI PR






Seu corpo moreno

Depois do prazer a dois

Dormido, obsceno.

quarta-feira, 11 de junho de 2008


A esperança é calma, segura,
fonte geradora de realizações.
Mesmo em tempos de amargura
ela nos ajuda nas decisões.

A esperança é sábia, pura,
traz consigo diversas soluções,
comove e remove a loucura.

A esperança é a partitura
das mais belas canções.

A esperança cura.
(Esse post - fotografia e poema - foi tirado do blog O Grapiúna, de Rafael Almeida Teixeira. Ele o dedicou a uma amiga chamada Rafaela Rocha, hospitalizada e precisando de transplante de sangue e medula. Sugeri a ele que começássemos uma campanha entre os blogs que conhecemos para estimular a realização de doações de órgãos e tecidos. Uma atitude extremamente simples que pode dar a algumas pessoas a chance de continuar tendo esperança. Em Natal, aqueles que querem ser doadores devem procurar o Hemonorte - localizado próximo ao Parque das Dunas - para colher mais informações e fazer exames de tipagem. Sendo detectada a compatibilidade com algum paciente que precise do transplante, o Hemonorte entrará em contato com o doador para efetivar a doação.)
(Se você tem um blog e está lendo isso, passe essa idéia adiante. Reproduza esse post ou escreva o seu próprio post sobre o tema. Ajudar é muito simples!)
Hemonorte - Serviço Social - 3232-6736

domingo, 8 de junho de 2008

Há Sempre a Pequena Chance do Impossível Rolar!




A noite até prometia, mas, até aquela hora, nada. Já era quase fim de festa, sabe? Voltei e fiquei no meio da pista. Um pouco distante do palco, dessa vez. Mas, bem próximo ao bar. E ela estava lá, acredita? Encostada no bar. Olhava para a direita e, de vez em quando, ela me olhava de volta. E eu recebia cutucões a cada olhar que trocávamos. Quase me jogavam para o bar.


Eu ficava em dúvida o tempo todo. Ela me olhava e desviava o olhar. E se virava e conversava com as amigas. E voltava a me olhar. Agora eu já não parava mais. Olhava e queria chegar mais perto. O que é isso? Pessoas que precisam passar. Sou gentil. Dou espaço. E me fasto para a direita. E mais gente precisa passar. Já estou encostado no bar.


Me olha novamente. Vem na minha frente e volta pro lugar. Ela não quer. O que é que eu tou fazendo aqui? Vem outra vez. Não dá prá dar chance, agora. A pego pela cintura. Põe a mão na minha perna. Ela quer. Deus... ela quer. Se não quiser eu vou bater nela. Juro que vou.


Até parece.


Se vira. Tudo bem? Tudo bom. Me disse o nome. Lhe disse o meu. Não lembro mais se falamos alguma coisa. Lembro muito bem do cheiro de álcool que passei a sentir muito perto de mim. Um leve gosto de cigarro, também. Mas, muito distante. Fumou naquela noite. Aquela mistura de cheiros e gostos era interessante. Muito interessante.


Um piercing na língua. Top top. Eu preciso dizer que te amo. Meu MSN? Claro. Beijo outra vez. Você vai me achar muito atirada se eu pedir o seu telefone? Você vai me achar muito atrevido se eu disser que já anotei o meu telefone? Não. Você não é atrevido. Eu faço Publicidade e você? Espanhol. Sou professor de línguas. Eu sou analfabeta em línguas. Posso lhe garantir que isso não é verdade.


Beijo.


Eu preciso ir. Eu não quero que você vá. Eu também não quero ir. Não esperava lhe encontrar hoje. Há sempre a pequena chance do impossível rolar. Nada é impossível. Não, não mesmo. Vou ficar lhe esperando. Vai esperar porque quer, porque eu não quero que você vá. Eu sei, mas, tenho que ir.


A gente se encontra.


Beijo.


E a noite terminou muito melhor do que se podia esperar.