Teria ficado muito satisfeito se a curta narrativa de sua morte terminasse aí.
Não terminou. Um navio que pesquisava sei-lá-o-quê no rio passou em baixo da ponte exatamente quando deveria atingir a água. Estava olhando o rio, desequilibrou, algo assim, foi o que disse. Mas não conseguiu conviver com o fracasso olhando para si todo o tempo. Eliminou as chances de dar errado. Pegou um revólver, trouxe até a têmpora esquerda (apesar de destro) e atirou.
Na próxima vez, lhe darei, palavra de escritor, a morte que queria.
2 comentários:
Viver sabendo que posso me matar na hora que quiser, é de certo modo, reconfortante.
Sinistro.
Sinistro nada. É aquela história do "quando quiser, eu paro".
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