quinta-feira, 26 de abril de 2007

Do Presente Recebido

Essa semana senti minha sobrinha mexer. Que sensação tão linda e estranha. O bebê que eu tanto quero pegar, cujo rostinho eu já vejo cada vez que chego perto da minha irmã. O bebê em quem eu já me reconheço. Um serzinho por quem já me sinto responsável e por quem sinto uma paixão tão avassaladora que só de pensar o nomezinho dela já me emociono.

Ela mexeu!

Mexeu na barriga da minha irmã e mexeu dentro do meu peito. Sentir Maria Luíse mexendo me deu a sensação mais maravilhosa do mundo. Ao mesmo tempo em que me jogou de frente a uma profunda sensação de impotência. Qual é o mundo que vou apresentar à minha sobrinha? O que é que mostrarei a esse bebê tão lindo que virá?

O mundo... ah, o mundo... deveria ser o nosso porto seguro. Deveria ser a continuação do ventre materno. Mas, não é. É um mundo onde uma criança é arrastada presa ao cinto de segurança por quilômetros (alguém tem ouvido falar do caso "João Hélio" por aí? Eu não.). É um mundo que não respeita seus idosos. É um mundo que obriga pais de família a roubarem para sustentar suas casas. É um mundo formado por homens que, apoiados em uma (pretensa) superioridade, destroem milhares de seres vivos. Jogam nitrato nas bacias subterrâneas, matando uns aos outros.

Deus, é esse o mundo que devo mostrar à minha sobrinha? Deus, oh, Deus, onde estás que não respondes?

Chega então à minha casa um embrulho. Eu o abro. Livros. Dois. Eles me fazem tão absurdamente feliz que, como por inspiração divina, percebo que eu tenho a responsabilidade de mostrar à minha Luquinha um outro mundo. O mundo que ainda não acabou porque existem pessoas que não querem que ele acabe. Pessoas que fazem o bem. Simplesmente para ver a (ou saber da) felicidade do outro. Ainda há tantas pessoas que se empenham no bem-estar do outro, que os aceitam assim como eles são. Ainda há tantas (os) Lu Longo, Nádia, Laís Flores, Kezinha, Rozina, Russa, Clariana, Luci, Allysson, Loa, Marizinha... Pessoas que nunca me viram e que me fazem feliz. Pessoas que saíram da internet e entraram na minha vida (e na da minha sobrinha) e que me são tão queridas. Tanto quanto os meus melhores amigos.

Porque é de vocês que eu sinto falta quando estou fora da net. Porque é um sentimento tão angustiante o que sinto quando não tenho notícias. Porque vocês são as pessoas que eu gostaria que estivessem aqui comigo. Porque vocês, tanto quanto os meus amigos-irmãos de perto, me fazem acreditar que tudo ainda vale à pena.
Obrigado, Lu... por essa reflexão, pelos livros, pela ajuda no blog, por me oferecer teto (não pense que eu me esqueço - hehehehe), por você ser.
Obrigado, Nádia... por me mostrar que momentos difíceis, não são tão difíceis assim, quando divididos.
Obrigado, Lala... por aceitar minha proposta de seqüestro sem nem argumentar contra. Pelos e-mails dominicais e sabáticos, as conversas inadjetiváveis que temos no MSN. Porque sou o primeiro e o último.
Obrigado, Kezinha... por ser minha hermanita-amada. A que chora junto comigo e sente quando estou mal e me consola.
Obrigado, Rozina... pelas lições de ética e confiança que sempre tenho de você. O livro, o filme, as dicas de filmes trocadas.
Obrigado, Russinha... por me ensinar que nas diferenças estão as grandes semelhanças. Pela falta que eu sinto de você (a gente não sente falta de muita gente que está longe, não?).
Obrigado, Clari... pelas mensagens no celular, pelas conversas rápidas no MSN, pelas cobranças constantes no blog.
Obrigado, Lucizinha... por saber qual o conselho que eu devo ouvir. Pela insistência de que não devo fechar o coração. Por querer estar mais perto.
Obrigado, Allysson... por ser o primeiro. Por ter sido acordado no dia do seu aniversário. E por falar de novo, esse ano. Pela possibilidade (frustrada) de viagem à Campina Grande. Pelo muito que me ensina.
Obrigado, Loa... por ser o aluno que eu gostaria de encontrar em sala de aula. Pelas tardes de conversas sempre tão profundas e curiosas. Por me ensinar sempre e mais o valor da nossa Mãe-Terra.
Obrigado, Marizinha... por ser a minha menina. Por sentir saudade e por me deixar saber disso.

Amo muito todos vocês. Espero ter arrancado, ao menos, algumas lágrimas de vocês, porque eu, chorei bastante enquanto escrevia.

Em tempo:



NANDITO:
Nunca acredite em alguém que te diga:"VENHA VER O PÔR-DO-SOL" ! Sei disso desde o colégio e nunca me esqueço!!! rsrsrsr!!!!
Pra você, do que você gosta: Lygia!
Besitos, hombre!
Lu
abril/2007


NANDITOQUERIDO:
A vida é feita de pequenas e grandes alegrias. Sua amizade é uma GRANDE alegrias pra mim. Espero que este presentinho seja uma pequena alegria que te faça bem feliz!
Pra você, do que vc PRECISA ler: LINDOS LÁBIOS, de Marçal.
Beijos com muuuito carinho,
Lu
( P.S.: nunca esqueça: EU TARDO MAS NÃO FALHO!! UHUUU!!!)
abril/2007

7 comentários:

Fairy Books disse...

TUDO Q O FERNANDO FALOU DE MIN E VERDADE "LOA" AGENTE REALMENTE PASSA HORAS A FIO CONVERSANDO E GERALMENTE NUNKA FALTA ASUNTO....GENTE ISSO E TODOS DIA....FERNANDO E UMA PESSOA MTO ESPECIAL PRA MIN......RS......

FELICIDADEetrist... disse...

Nandito QUERIDO: A sua alegria ao receber o pacote não foi maior do que a minha ao enviá-lo. Tenha certeza disso.
E tem mais: o presente é só uma retribuição. O presente maior e primeiro é tua amizade. Sincera, sem interesse pessoal, do coração.
Continuo aqui te esperando, tá?
Beijos com muito carinho!!
Lu, sua fã, sempre!

Anônimo disse...

Ei...tô molhando todo o teclado !!
Existem pessoas que possuem algo mais. Você é uma delas.
Fui eu que achei você,ou você que me achou??
Tanto faz...mas fique sabendo,que não vai se livrar de mim tão facilmente.

Tudo vale à pena,sim...claro que sim!!!

Laís Flores disse...

Ah, mas eu bato na Lu por ter comprado o livro do Marçal! Queria eu te dar o presente, pow!
Mas enfim, Fernando... saiba que eu te amo horrores... é gozado esse sentimento, mas eu gosto muito de saber que tenho um amigo super duca do qual quando a gente tá mal, fala besteira (e os problemas) e, quando estamos bem falamos mais besteira ainda! Adoro ser tua psicóloga de plantão, contadora de histórias, mãe-de-santo, sequestrada com crise de Estocolmo e o caralho a quatro!

Te adoro muito, messsssmo!
Beijão,
Lala

Unknown disse...

Mundo Cruel, tempo escasso!

Como nos bons e velhos tempos começo com o grande, ...

Grande Fernando,
Você acabou de transparecer tudo que saiu do seu coração, e isso é amor, amor pelos colegas, é instantaneo. A nostalgia nos leva a crer que teremos um futuro melhor pela frente e que as pessoas que foram importantes no passado, e são no presente, sempre estarão te apoiando nessa grande guerra que se auto-denomina "vida humana".

A batalha começa no berço.
Se eu tivesse olhando para sua sobrinha agora, seria uma melancolia total, acho que será isso de hoje em diante, vou adotar uma criança, não quero mais um filho meu no mundo, por questões egocêntricas. Não quero contribuir para um mundo pior, temos de pensar nas coletividades, seja elas humanas, ou de outros filos, e até mesmo Reinos. Temos de tomar nossa mera atitude, e saibas que essas atitudes são mostradas no papel, na tão almejada ciência, sapiência, e outras ências.

Vamos vencer essa batalha, desde que tudo seja registrado pelos mais diversos meios de comunicação, pelas mais diversificadas formas de armazenamento de informações.

Um abraço gigante do seu Amigo Allysson.

Rafael! disse...

Grato pela presença lá!

Unknown disse...

Eu amo vc!
Se a intenção era fazer chorar saiba que deu certo, viu?! É estranho, mas maravilhoso, esse sentimento que nos une. Não existe virtual ou real, o que existe na verdade, é amizade, e sou grata a Deus todos os dias por ter encontrado através da net (e de um tal de Nando Reis) pessoas tão queridas e especiais.
Obrigada por fazer parte da minha vida!

E mais uma vez...
Eu amo você!!

Vê se não some mais que vc ainda me mata de preocupação, viu menino?!?!?!