A poesia de Florbela é de uma beleza incrível. Como não sou bom para ler poemas, não sou bom para analisá-los. Então, gosto daqueles que me fazem ver coisas bonitas, que me provocam (e que evocam) belas imagens. Florbela me faz isso. Acho que isso é poesia! O que vem aí é um soneto que está na "Antologia de Poetas Alentejanos".
Deleitem-se!
Horas rubras
Horas profundas,lentas e caladas
Feitas de beijos sensuais e ardentes,
De noites de volúpia, noites quentes
Onde há risos de virgens desmaiadas…
Ouço as olaias rindo desgrenhadas…
Tombam astros em fogo, astros dementes.
E do luar os beijos languescentes
São pedaços de prata p’las estradas…
Os meus lábios são brancos como lagos…
Os meus braços são leves como afagos,
Vestiu-os o luar de sedas puras…
Sou chama e neve branca misteriosa…
E sou talvez, na noite voluptuosa,
Ó meu Poeta, o beijo que procuras!
3 comentários:
É lindo mesmo...
Bom,eu também não sou boa em analisar poemas.Mas qualquer coisa que eu leio aqui,me faz ver coisas bonitas, que me provocam (e que evocam) belas imagens.
Você me faz isso. Acho que isso é poesia.
Lendo essa coisa tão maravilhosa me dá uma saudade da k'z...
Saudade enorme de vc tbm, viu?!?!?!
Amo muito tu!
Bjs!!!
Florbela lembra K´...
Mas sobre ''poeta'' ou ''poetisa''... eu sempre achei que poetisa meio que rebaixava a mulher-poeta... pensamento, louco, né?
E pra mim, a Florbela é tão fodosa, mas tão fodosa - tem uma sentimentalidade, sensualidade e tals - que se equivale a poetas... hahahahahahaha!
Beijos, beibo...
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