quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Terriversos

Cava a cova que se enterra
Enterra a terra que é inteira
Inteira a telha que é da casa
Casa o caso que é fato
Fato é o barco que navega
Navega a viga que sustenta
Sustenta é tenta mais um susto
------------------------x------------------------
Quero um poema
Que não me mostre
Que não tenha imagens
Nem símbolos escondidos.
Um poema para ser lido
Enquanto em nada se pensa
E que a canto algum leve
Que não construa nem reconstrua
Um soneto que quero
Por ser um soneto
Sem rima nem métrica
Que não faça sentido
Mas caiba dentro
De duas quadras e dois tercetos
------------------------x------------------------
A fó(ô)rma
A árvore bela e frondosa se mostra acolhedora
A todos aqueles que à sua sombra buscam
E seus frutos desejam comer para a fome matar
Ou, apenas, lá querem estar a nada fazer
Sem esperar a queda da maçã
Para nada descobrir ou estudar
Mas, só estar. A ler
Quem sabe? Esta
Poesia, tal
vez. Que
nada
trará
nada
dirá
nada
acres
cent
ará
Mas
que queira ou não
forma de árvore tem
das folhas às raízes.

Nenhum comentário: