sexta-feira, 5 de janeiro de 2007

AMOR

Fico Assim Sem Você
(Claudinho e Buchecha)


“Avião sem asa
Fogueira sem brasa
Sou eu assim sem você
Futebol sem bola
Piu-piu sem Frajola
Sou eu assim sem você
Porque que é que tem que ser assim?
Se o meu desejo não tem fim
Eu te quero a todo instante
Nem mil auto-falantes
Vão poder falar por mim
Amor sem beijinho
Buchecha sem Claudinho
Sou eu assim sem você
Circo sem palhaço
Namoro sem amasso
Sou eu assim sem você
Tô louca pra te ver chegar
Tô louca pra te ter nas mãos
Deitar no teu abraço
Retomar o pedaço
Que falta no meu coração
Eu não existo longe de você
E a solidão é o meu pior castigo
Eu conto as horas pra poder te ver
Mas o relógio tá de mal comigo
Por quê? Por quê?
Neném sem chupeta
Romeu sem Julieta
Sou eu assim sem você
Carro sem estrada
Queijo sem goiabada
Sou eu assim sem você
Porque que é que tem que ser assim?
Se o meu desejo não tem fim
Eu te quero a todo instante
Nem mil auto-falantes
Vão poder falar por mim
Eu não existo longe de você
E a solidão é o meu pior castigo
Eu conto as horas pra poder te ver
Mas o relógio tá de mal comigo”

Desse amor que não se entende e que nasce sabe-se lá quando. Nasce ontem, nasce hoje, nasce amanhã. Sempre nascido e sempre vivido. Ele está sempre lá. Ausente do convívio, sobrevive com a força que só tem o mais verdadeiro amor.
O lanche juntos depois de tanto tempo. O mar. A luz da lua. A estrelinha caída do céu que nos faz rir. Tudo é tão especial. Contamos tudo. Ouvimos tudo. Dividimos sensações e percepções e pretensões. Estávamos lá. E os anos que não conversávamos pareciam nada.
A cumplicidade de sempre estava lá. Entendíamos exatamente o que queríamos saber. Sabíamos exatamente o que precisávamos contar. Contávamos exatamente o que completaria aqueles momentos.
Nessa hora, a chuva pode cair apenas para pausar o trânsito das palavras, um “mas” pode nos levar para outro destino, o mundo pode acabar. Nessa hora, o amor que nos prende é maior que qualquer coisa. É maior que a hora de voltar, que o compromisso do outro dia. É maior que o esquecimento da chave em casa ou que as chamadas preocupadas que atendemos.
Queria ter você como hoje. E queria sempre. Como foi. Estar nos quintais de casas queridas e, como crianças, brincar.
Não. Melhor não. Momentos bons não precisam ser diários ou cotidianos para serem únicos. Aliás, melhor que eles não sejam!

6 comentários:

Luci disse...

luEste trecho é lindo...

"Desse amor que não se entende e que nasce sabe-se lá quando. Nasce ontem, nasce hoje, nasce amanhã."


Que ele mantenha-se sempre vivo, neste teu coraçãozinho lindo!!!
Para que vc possa nos presentear com estas palavras cheias de lirismo, que é tão bom de ler,e sentir toda a tua emoção ao escrevê-lo.

Amo-te

Ju Azevedo disse...

Hmmm...
Um fato sem data, sem personagem, que pode ser apenas mera coincidência com a realidade? Eu tava lá?
Ando tão perdida...
Mas acho que ambos pensamos em "A sorte", a mesma sorte de pernas e braços e silêncios e risos altos e "peraí que agora num dá pra falar".
Eu só conheço, hoje, um amor real e forte a ponto de me fazer crer e sentir que há vida aqui rolando além das veias. O que há demais nas veias? Vida vegetativa tem veias, mas... e o amor?

Depoimentos demais te dizem desse amor.

Mantenhamo-no vivo.
E esse outro amor aí, que saia da "mera coincidência" para a vida real.

Antes um coração amargo-amador a um coração amargo-vazio.

Fer-Nando Cabral disse...

Depois Juliana diz que eu rivalizo com os textos do blog dela - hahahahahahahaha

Amo você, Ju!

Rafael! disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Rafael! disse...

"O som da elite", como diria minha irmã. "É som de preto, de favelado, mas quando Adriana Calcanhoto toca, nenhuma madame fica parada", como diria eu. Eu, o sem-graça.

Post Scriptum: esse blog é muito dedo-duro.

Anônimo disse...

porque ti escondes? porque ti escondes sempre? atrás de palavras, atrás de muitas coisas; sabes o quem tem que fazer, estas chorando com fome, e a comida esta na sua frente; porque nao estende a mao? mas ti compraz em chorar, em se esconder... vem que ti quero; estou sempre a ti querer; que venhas é o que eu mais quero...