quarta-feira, 10 de janeiro de 2007

SEM NOME

Maldita seja a culpa que eu prometi a mim mesmo que jamais voltaria a sentiria. Maldito seja esse vazio angustiado que oprime meu peito por causa das coisas que disse. Maldita sensação de que, mesmo que me digam que está tudo bem, está tudo errado. E que a culpa é só minha!

Independente do que faça-fale as coisas sempre darão errado. E o responsável por isso sou sempre eu. Já fui chamado de Senhor Desastre... se quem me chamou soubesse como eu consigo devastar a minha própria vida com esses desastres, talvez tivesse repensado o apelido.

O que fazer quando você se sente tão miseravelmente capaz de afastar de você aqueles a quem você gosta, aqueles a quem você começa a gostar e aqueles que começam a gostar de você? Tudo parece tão bem. Tudo ia tão bem. Agora eu não sei mais. Eu ouço que está tudo bem. Mas, não consigo acreditar. Não consigo acreditar que meus ouvidos estão ouvindo certo.

A vida vivida sem culpa é muito melhor. Mas, como fazê-lo? Como conseguir essa utopia de vida dourada? Lerei todos os autores de auto-ajuda em busca da fórmula. Eu preciso encontrar o meu BLUNT OF JUDAH! Preciso, desesperadamente, do lugar onde eu possa encontrar a natureza, alegria e felicidade com certeza, andar despreocupado sem saber a hora de voltar. Gozar a liberdade de uma vida sem frescura.

Benditos aqueles que anunciam que tudo não passa de um mal entendido. Aqueles que trazem um pouco mais de tranqüilidade a este Vale de Lágrimas. E não é necessário estar em prantos para habitar o medonho Vale.

Benditos os que fazem crer que a vida não é ruim. Que, mesmo depois de feita a maior merda da sua vida (ainda que nem tenha sido), ainda é legal manter contato com as pessoas ao invés do isolamento em uma caverna, longe de tudo e de todos.

Benditos os que estão aqui em todos os momentos ruins. Os que percebem que, em determinados momentos, você parece meio deprê, meio “Renato Russo” (mesmo que você discorde visceralmente disso e não ouça “Vento no Litoral” sem achar idiota desde que tinha 16 anos de idade).

Benditos os que riem das piadas sem graça. Benditos os que dizem que casarão com você, quando vocês chegarem aos 45 ou daqui há 30. Benditos os que te pedem o que você não pode fazer só prá lhe contar alguma coisa. E acabam contando mesmo assim. E se surpreendem e guardam segredos depois, em defesa de seu próprio orgulho.

Se vocês vêm comigo, tudo isso tem valor. Pois o paraíso só vale com amor!

7 comentários:

Unknown disse...

Devastar a própria vida...
Parece que você entende mesmo disso!
Culpa?? Não.
Desde quando conseguimos controlar as emoções que insistem em nos possuir ??
E nem pense em exorcismo,que isso só faz incitar!!!

Ju Azevedo disse...

Hoje eu serei boba nesse comentário.

Bem vindo ao meu mundo. Pare de ler meus pensamentos e de sentir como me sinto. mas, cá entre nós, acredite ou não, a vida pode ser bem pior que isso. Pense bem: sua alegria ainda não é comprada uma vez a cada três meses na farmácia e você não precisa tomá-la toda noite pra que ela apareça.
Você poderia estar numa cama chorando sem saber quando parar e, pior ainda, sem querer parar. Poderia estar pensando agora: eu morro ou não morro? - que diferença faz? Mas não. Você ainda é forte e tem uma saúde até legal. E você consegue se divertir com coisas ridículas como um (TUBJI no quengo) e não precisa fazer força pra sorrir todo dia.
Você não é o muro das lamentações e não está perto de sê-lo. Os seus fantasmas são reais, você os conhece - eles não são substâncias químicas que, aliadas a um mundo errado, te fazem ver tudo trocado. (Não, o mundo não é estrábico.)

Quer um abração? Se não quiser, eu quero. E se vc num der...
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TUBJI, cabeção!

Hugo disse...

É o ciclo fernando! Estamos todos inclusos.

Que continue...

Hugo disse...

E vc já viu as respostas que eu coloquei pra seus comentarios em meu blog?

Ju Azevedo disse...

Acostumou mal, viu?
Cadê o "Sobre: SEM NOME"????
Te amo.

Fer-Nando Cabral disse...

Atrasou tudo...

Não consegui logar ontem...

Mas, hoje, vou tentar postar o texto de ontem e o de hoje.

Vamos lá!

Unknown disse...

Hedonismo é muito bom, é um amor com prazer, e tudo misturado, é uma receita de bolo estragado. Mas, tudo bem, a indigestão geralmente é um filho. Amor aos amigos eu tenho aos montes, não basta só aquele abraço, tem que ter o contato, o toque, o atrito, os debates, e os sorrisos. =]