terça-feira, 9 de janeiro de 2007

Sobre: OLHA A COMUNIDADE QUE CRIARAO P VC ---->

Fui chamado de poeta duas vezes, ontem.

Adorei! Primeiro porque eu queria ser poeta. Depois, porque eu não acho que consiga.

A primeira, pela Regina Silveira. Eu não a conheço e, impressionantemente, ela foi ao fundo da questão. Aqui está o que ela disse: "Esse poeta está inquieto... Acalma a alma,que as certezas baterão na tua porta.". Acalmar a alma. Esse é o problema. Mas, acho que consigo, na maioria das vezes. Ruim é quando ela resolve se inquietar de novo. Estou inquieto e, em parte, isso é bom. Tenho conseguido escrever como nunca. Tenho idéias como nunca. Mas, não saber nem se gosto do que escrevo, acaba me inquietando cada vez mais. Espero que você volte por aqui mais vezes. Já gostei de você!

A segunda, pela Clari. A Clari é uma daquelas pessoas em quem batemos o olho e nos apaixonamos. Mesmo que meus olhos nunca tenham caído nos dela. É um doce de pessoa. Por isso, acabo achando que ela me chamou de "poeta mais querido" por causa disso. Ela é suspeita. Mas, a sinceridade dela quando diz que sente minha inquietação é tão verdadeira que me faz sentir junto com ela. Sentimos os sentimentos um do outro. Quem é mais sentimental que eu?

Hugo, "a manhã"... eu gosto do jogo de palavras (com "amanhã"). Arnaldo Antunes faz muito isso. E eu estou numa fase de minha vida em que, se eu pudesse-conseguisse, tudo que eu faria seria ouvir-ler-escrever Arnaldo Antunes. A "novidade" perdura sem perdurar, e eu adoro quando você dá essas interpretações codificadas para as coisas que eu escrevo. Me faz pensar mais nelas que quando eu escrevo. É o filósofo dos meus escritos. Na próxima, deixe o link do seu blog prá gente poder visitar, porque eu não consegui pelo seu perfil.

Ju, se eu quero um abraço bem grandão? Definitivamente. Se bem, que, agora, eu já esteja bem mais tranqüilo que ontem. Mas, abraços não se desperdiçam. Quando são desses, bem grandões, muito menos. Eu não seio o que plantei. Em conseqüência, não sei o que colherei. Mas, deixa eu tentar ser feliz um dia de cada vez, né? Deixa eu me preocupar com a colheita na hora de colher.

Aliás, esperem novidades de tremer nas cadeiras para domingo. O segundo "Alter-Nando Leituras" vem com uma delícia com que fui regalado!

Luci, não paro porque sou teimoso e porque você está sempre aqui me mandando ir. Você notou que as citações do Reis foram feitas prá você? Enquanto você estiver viciada e passar por aqui, comentando, junto com os outros, eu continuo. Isso me faz mais perto de vocês.

Primeira vez que faço isso. Comentei todos os comentários do meu blog. Creio que essa é a melhor forma de fazer. Não estou escrevendo diário. Estou em uma débil tentativa de fazer literatura. Literatura é diálogo, de alguém que escreve com alguém que lê e pensa sobre o que lê. A possibilidade de ouvir o que pensam comigo, quando me lêem, me encanta no blog. Não tenho pretensão alguma. Mas, dialogar com quem me lê, completa um ciclo de leituras.

Obrigado por passarem por aqui. Por lerem e por comentarem.

Como já disse (hora do "marquetingue"), esperem por domingo!

10 comentários:

Rao disse...

A começar com a sua culpa que vc ensisti em acreditar que precisa dela pra viver, NAO! nao precisa pensar que nao vai consiguir uma coisa que ja é claro. meu caro POETA. sim! vc é um Poeta, era isso que precisa ouvir pra acreditar, que assim seja. Um poeta nao é movido por elogios ou meritos. Um poeta é movido por sua emoçao e isso vc tem muitas, vc ja tem a alma de um, inquieta, como uma alma jovem.
Nao duvide de sua propria coragem, ela leva vc onde nao acredita chegar.
(:

Rafael! disse...

Como digo para os outros, agora o digo pra mim: chora!
Sobre os seus posts, eu posso estar certo, eu posso estar errado.
Como alguém famoso já disse, quando o escritor precisa explicar para o leito o que escreveu, um dos dois é muito burro. Tomando a responsabilidade pra mim, "pregunto": por que o título do post é a frase que o vírus deixou no seu MSN? É por causa da coisa do diálogo?

Luci disse...

Sabia não, querido!
E agora que sei, estou feliz como o nascer/voar de uma borboleta...

Vício bom este...
Eu quero é tomar overdoses de Fer-Nando Cabral!!!

Adoro-te

Hugo disse...

Fernando, Eu sei que deve ter sido trabalhoso responder a esse monte de gente.. Então fico grato de ter meu nome ali no meio!

Eu espero que você pare de achar que A "novidade" perdura sem perdurar!

Agora todos sabem que o link q eu dei estava errado: presdestinado.blogstot...

E vc não tenta fazer literatura, vc a faz. Faz muito bem sua literatura PROSAICA [fui averiguar se estava certo]...

kkkkkkkk

Espero que o ciclo continue, assim como todos os ciclos isso tmb faz parte do grande ciclo(vida).

Hugo disse...

Aah, eu achava que só eu tinha percebido o título das duas ultimas postagens!

E Fernando, eu deixei respostas pra seus comentarios..

Ju Azevedo disse...

Eu fico me perguntando, em dias de tempestade, se a gente colhe o que planta. Não sei se penso direito quando planto, mas quando colho algo ruim eu penso: "Caralho, eu plantei isso?!" Daí às vezes aquela flor horrorosa que eu vi na árvore que plantei vira um fruto daquelas cujo gosto bom escorre pelos cantos da boca...
Apenas plante. A colheita é pra daqui há alguns meses, quando virar a estação.

Se você é poeta ou não, quem sou eu pra dizer? Sou um tanto contra definições para certas coisas. O que escrevemos é literatura? É poesia? É música? É prosa? Eu não sei. Mas a "literaturidade" está em você e compõe o que você escreve a partir do momento em que suscita questões, em que desperta a dúvida, em que cria interpretações diversas, em que permite que os que lêem você pensem de formas diversas e, como eu disse a Hugo, lhe conheçam pouco e se conheçam muito ao julgar o que você faz.

(Tchio Wicliffe me mataria por esse período longuíssimo!! Hehehehe)

Seu peste! Saiu dizendo que era difícil comentar no meu blog? É pra espantar a concorrência? Foi tragado pelo espírito capitalista mermo, né? Hehehehehe

=***

Ju Azevedo disse...

P.S.: Eu faço um post em cada comentário meu. Por isso meu blog parou. Preciso vir menos vezes aqui.

Fer-Nando Cabral disse...

=)

Unknown disse...

Suspeita, sim, mas mentirosa nunca!!!
Poeta mais querido e mais lindo!!! Sabe que FerNandos são sempre meus poetas preferidos, né?!
Não vejo a hora de chegar domingo...
Amo tu!!!

Unknown disse...

Na natureza existe o ciclo dos elementos químicos, o ciclo da água, e aprendi hoje, o ciclo das palavras.

Estonteante toda essa verborragia, esse poder que a palavra tem de nos comunicarmos perfeitamente, ou dependendo da abrupta situação, codificadamente. Engraçado, é muito interativo, e por vezes, irriquieto essa sensação nobre de estarmos aos pés do Word, ou do Bloco de Notas, com tantas outras diversões e PDFs há ler.

Tchau Alter-Nando. Grande Fernando.